24.5.14

Poema 05 (acho)

Entrincamento da sinapses
que organizam os pensamentos
e deixam cada noite as linhas
mais curtas da cada vez mais longa
pagína de caderno sujo de vinho algum.

Foi tudo o que eu consegui escever
naquilo que nem um poema mudo é
e jamais será nada mais do que a falta de
talento escondido que quieto e só
tenta desaparecer de uma vez ou outra.

Alguém pergunta sem cuidado , finalmente,
onde você está que faz tempo não vem?
Largo no balcão o copo e o corpo para
ver de lado toda a curva que me faz ponte
onde antes só a neblina cobria coisa nenhuma.

Digo sem demora coisa nenhuma que já
tenha dito e sem vergonha sorrimos um
sorriso inesperado e acuado num canto de
tempos que não podíamos sorrir e penso no coração
que acabou de pular e mais uma mulher vai torcer. 

Um comentário:

Anônimo disse...

lindo!